Se você vende produtos (varejo, atacado ou internet), uma dúvida aparece cedo: quanto de dinheiro preciso para o meu estoque?
A resposta não é um chute elegante.
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É um cálculo baseado no seu giro, nos prazos e numa margem de segurança.
Caixa demais parado sufoca crescimento; caixa de menos faz o estoque secar e a venda escorrer pelo ralo.
A lógica é descobrir quanto dinheiro fica “preso” entre comprar, armazenar e vender.
Com isso, você estima um caixa mínimo para manter o estoque rodando com regularidade em 2026 e responder com clareza à pergunta-chave: quanto de dinheiro preciso para o meu estoque.
O que prende o seu dinheiro no estoque?
Três peças comandam essa história:
- Estoque médio: quanto você mantém, em média, na prateleira (em valor de custo, não em preço de venda).
- Ciclo de reposição: tempo entre comprar e repor (prazo do fornecedor, transporte e recebimento).
- Ciclo financeiro: tempo entre pagar o fornecedor e receber do cliente.
Quanto maior o ciclo financeiro, maior a necessidade de caixa para sustentar o estoque.
Como calcular o caixa mínimo para rodar o estoque?
O jeito mais prático é montar a conta em camadas.
1) Ache o seu CMV diário
CMV (Custo das Mercadorias Vendidas) do mês ÷ número de dias do período.
Exemplo: CMV mensal de R$ 60.000 em 30 dias.
CMV diário = R$ 2.000.
2) Defina quantos dias de cobertura você precisa
Considere:
- Tempo de reposição;
- Frequência de compra;
- Previsibilidade da demanda.
Em muitos negócios, 20 a 30 dias para itens principais é um começo razoável, e depois você ajusta por categoria.
3) Transforme dias em valor de estoque (em custo)
Estoque necessário = CMV diário × dias de cobertura.
Exemplo: R$ 2.000 × 25 dias = R$ 50.000.
Até aqui você mediu o “tamanho” do estoque.
Agora vem a parte que muda o jogo: prazos.
Ajuste pelos prazos: a conta que vira o volante do caixa
Para responder quanto de dinheiro preciso para o meu estoque de forma realista, inclua prazos de pagamento e recebimento.
Uma forma simples de estimar a necessidade de capital de giro é:
Necessidade de caixa para rodar = Estoque (em custo) + Contas a receber (média) − Contas a pagar (média).
Como aproximar:
- Contas a receber média = vendas diárias × dias médios para receber (cartão, boleto, prazo).
- Contas a pagar média = compras diárias (em custo) × dias médios para pagar.
Se você recebe rápido e paga mais tarde, o caixa respira.
Se paga cedo e recebe tarde, o caixa precisa compensar.
Estoque de segurança: a almofada contra atrasos e picos
Além do estoque “de rotina”, inclua uma reserva para:
- Atrasos do fornecedor,
- Picos de demanda,
- Sazonalidade.
Um ponto de partida comum é adicionar 10% a 20% ao valor do estoque necessário, ajustando conforme seu histórico.
Isso não é comprar por impulso: é proteção planejada para itens com giro.
Erros que distorcem a conta
- Confundir faturamento com caixa: venda alta não significa dinheiro disponível.
- Calcular estoque pelo preço de venda: o capital preso é o custo.
- Ignorar baixo giro: item encalhado drena capital.
- Comprar só por desconto: desconto que trava o caixa pode sair caro.
Checklist completo: descubra o caixa necessário para o seu estoque
- Levante o CMV dos últimos 3 meses e calcule o CMV diário médio.
- Defina dias de cobertura por categoria (itens A, B e C).
- Calcule o estoque necessário (em custo): CMV diário × dias de cobertura.
- Mapeie prazos médios: pagar fornecedor, receber clientes e repasse de cartão.
- Estime contas a receber e contas a pagar médias.
- Aplique: estoque + receber − pagar.
- Adicione 10% a 20% de segurança, conforme risco e sazonalidade.
- Revise mensalmente, e semanalmente em épocas de pico.
Como reduzir o dinheiro necessário sem perder vendas?
Se o número ficou alto, use alavancas práticas:
- Negociar prazo com fornecedor;
- Reduzir tempo de reposição;
- Melhorar previsão de demanda;
- Acelerar recebimentos (pix, revisão de parcelamento, redução de prazos);
- Limpar estoque parado com ações planejadas.
Um detalhe que ajuda muito é separar o estoque por importância, e não tratar tudo igual.
Na curva ABC, itens A representam a maior parte do faturamento e exigem controle mais frequente, itens C podem ter cobertura menor e reposição menos constante.
Assim, você evita colocar dinheiro demais onde o giro é baixo e garante caixa para os produtos que realmente “puxam” as vendas.
Se quiser uma regra prática para testar o cálculo, faça uma simulação: aumente seus dias de cobertura em 5 dias e veja quanto isso eleva o estoque necessário.
Esse exercício mostra, com clareza, quanto cada decisão de compra pesa no caixa.
Evite prejuízos em 2026
Com esses passos, você sai do “acho” e chega a uma estimativa sólida de quanto de dinheiro preciso para o meu estoque.
Comece simples, trabalhe com médias e ajuste com dados reais.
Em 2026, caixa bem planejado é combustível: mantém o estoque girando, protege sua operação e abre espaço para crescer.
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